Você não precisa ter ciúmes da sua babá: entenda o apego do seu filho
- Anna Karolina Ribeiro

- 9 de out.
- 2 min de leitura

É natural que muitos pais, em algum momento, se perguntem: “Será que meu filho gosta mais da babá do que de mim?”. Essa sensação pode gerar insegurança e até ciúmes, especialmente quando a criança demonstra forte apego à babá.
Mas antes de criar preocupações, é importante entender: isso é comum e normal. A criança tende a se apegar à pessoa com quem convive por mais tempo no dia a dia. Se os pais trabalham fora e a babá passa boa parte do tempo cuidando da criança, é natural que exista proximidade.
Apego não significa preferência
O fato da criança demonstrar carinho e vínculo com a babá não significa que ela “prefira” a cuidadora em vez dos pais. O amor entre mãe, pai e filho é único e insubstituível.
Esse apego faz parte do desenvolvimento saudável, pois mostra que a criança se sente segura e acolhida. O problema surge quando os pais interpretam isso como uma competição, o que pode gerar ciúmes desnecessários e até impactar o comportamento da criança.
O impacto da competição emocional
Quando os pais entram nessa “disputa de afeto”, a criança pode ficar confusa. Afinal, ela ainda não entende a complexidade das relações. Esse tipo de comparação pode prejudicar o desenvolvimento emocional e criar situações desconfortáveis tanto para a criança quanto para a babá, que está apenas exercendo sua função.
Portanto, em vez de enxergar como rivalidade, o ideal é ver a babá como uma rede de apoio essencial para a família.

Como fortalecer o vínculo mesmo com pouco tempo juntos
Mesmo que a rotina seja corrida, existem várias formas de reforçar o laço afetivo com seu filho:
Mantenha contato ao longo do dia: ligue ou faça uma videochamada rápida.
Deixe pequenos gestos de carinho: uma cartinha, um bilhete ou até um lanchinho especial.
Incentive momentos especiais: a babá pode ajudar a preparar um desenho ou recado para quando você chegar.
Converse com seu filho: se ele já entende, explique que sua ausência está ligada ao trabalho e ao sustento da família.
Valorize a babá diante da criança: mostre que ela é uma parceira e alguém importante para a rotina da casa.
Essas pequenas atitudes ajudam a manter o vínculo forte e a criança entende que todos estão unidos pelo bem-estar dela.
Conclusão
Sentir um certo ciúme da babá é algo mais comum do que se imagina, mas não deve ser motivo de preocupação. O apego da criança à cuidadora é saudável e não diminui o amor que ela sente pelos pais.
Encare esse vínculo como uma forma de proteção e carinho a mais para seu filho. Afinal, quanto mais pessoas amarem e cuidarem dele, mais feliz e seguro ele será.
Então, se o ciúme já bateu por aí, respire fundo: seu lugar na vida do seu filho é único e insubstituível.






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